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Hoje estou cota, reaccionário, passadista e desafinado do «último grito». Amanhã não sei, mas hoje acho que a música não tem de evoluir depois de Jobim, porque Jobim é perfeito. Usamos o alfabeto de A a Z há milhares de anos, e chega-nos muito bem para dizer o nosso amor, o nosso ódio, o nosso desespero, a nossa alegria. Mas se fosse como na música das imbecis playlists, teríamos de mudar de alfabeto a cada década. Não mudamos, porque nos serve às mil maravilhas. Jobim é um alfabeto de A a Z. Ouvindo Jobim, sabemos dizer o que sentimos ontem, o que sentimos hoje, o que amanhã sentiremos. Não precisamos de mais. Com Jobim, a vida está viva.
3 Comments:
Até que enfim, estamos mesmo de acordo: O Jorge é um cota...
Cota essa, puto.
Há coisas que nada têm que ver com o tempo. Tom Jobim está fora do tempo. O que está fora do tempo é eterno.
Concordo consigo.
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