O Discurso de Resignação de Portas
O «Incontinentes Verbais», o blog mais proactivo da blogosfera, antecipa para si o discurso apresentado pelo Dr. Paulo Portas poucos minutos após o encerramento das urnas nas Legislativas de 2009.
Estou aqui para apresentar a minha resignação. Não no sentido anglo-saxónico do termo, mas na acepção mais portuguesa do mesmo. Resignação perante a vontade expressa dos eleitores, que entenderam não dar o seu voto de confiança ao projecto de centro-direita que propus ao CDS-PP, e com que me apresentei às urnas. Julgava em consciência ter interpretado adequadamente o sinal que me havia sido dado em 2005, ao ver penalizado nas urnas o meu projecto de direita pura e dura. Ao alterar a bússola do partido para a direcção do centro-direita, julgava-me finalmente, e através de mim ao meu partido, em condições de disputar o centro de gravidade da política portuguesa. Parecia-me chegada a hora da justiça em que me seria conferida a responsabilidade de governar o País a partir de S. Bento. Considerava-me, e através de mim ao meu partido, capaz de afastar o Eng. Sócrates da liderança dos altos destinos da Nação. Assim não sucedeu. O Eng. Sócrates foi de facto afastado, mas pelo PSD liderado pelo Dr. Aguiar Branco, que daqui saúdo, e à sua maioria absoluta. Os 1,5% que o eleitorado entendeu conferir-me, e através de mim ao meu partido, concretizam o meu desejo de fazer um partido Smart, mas da pior maneira, pois a partir de hoje nem partido do táxi poderemos aspirar a ser. Por um voto se ganha, por milhões de votos se perde. Decidi por isso assumir toda a responsabilidade por este resultado, em coerência com a postura que sempre me orientou. Farei a minha travessia do deserto, enquanto preparo um projecto que fará do CDS-PP um grande partido de esquerda-centro-direita, capaz de finalmente me levar, e através de mim ao meu partido, à conquista do centrão democrático e social. Até amanhã, camaradas.
Estou aqui para apresentar a minha resignação. Não no sentido anglo-saxónico do termo, mas na acepção mais portuguesa do mesmo. Resignação perante a vontade expressa dos eleitores, que entenderam não dar o seu voto de confiança ao projecto de centro-direita que propus ao CDS-PP, e com que me apresentei às urnas. Julgava em consciência ter interpretado adequadamente o sinal que me havia sido dado em 2005, ao ver penalizado nas urnas o meu projecto de direita pura e dura. Ao alterar a bússola do partido para a direcção do centro-direita, julgava-me finalmente, e através de mim ao meu partido, em condições de disputar o centro de gravidade da política portuguesa. Parecia-me chegada a hora da justiça em que me seria conferida a responsabilidade de governar o País a partir de S. Bento. Considerava-me, e através de mim ao meu partido, capaz de afastar o Eng. Sócrates da liderança dos altos destinos da Nação. Assim não sucedeu. O Eng. Sócrates foi de facto afastado, mas pelo PSD liderado pelo Dr. Aguiar Branco, que daqui saúdo, e à sua maioria absoluta. Os 1,5% que o eleitorado entendeu conferir-me, e através de mim ao meu partido, concretizam o meu desejo de fazer um partido Smart, mas da pior maneira, pois a partir de hoje nem partido do táxi poderemos aspirar a ser. Por um voto se ganha, por milhões de votos se perde. Decidi por isso assumir toda a responsabilidade por este resultado, em coerência com a postura que sempre me orientou. Farei a minha travessia do deserto, enquanto preparo um projecto que fará do CDS-PP um grande partido de esquerda-centro-direita, capaz de finalmente me levar, e através de mim ao meu partido, à conquista do centrão democrático e social. Até amanhã, camaradas.
2 Comments:
Fabuloso,inteligente e perspicaz.
Parabens.
Irei linkar-vos a lista de Blogues Amigos do BioTerra.
Um abraço e feliz Dia da Terra.
Voltarei.
Caro João Soares:
Obrigado, apareça sempre, e cumprimentos ao seu pai.
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