quinta-feira, abril 26, 2007

LIBERDADE (2)

"A PSP anunciou hoje ter detido 11 pessoas por "vandalismo” e por “agressões" a elementos da autoridade no seguimento de uma manifestação de extrema-esquerda "não autorizada", realizada ontem, na zona do Chiado, em Lisboa (...) A comissária Paula Monteiro especificou que a PSP deteve 11 manifestantes e não 12, como hoje foi avançado pela advogada de alguns detidos. Segundo a polícia, concentraram-se na Praça da Figueira cerca de 150 pessoas, "extremistas com simbologia anarcolibertária" (pertencentes a movimentos antiglobalização) que iniciaram uma marcha rumo à Praça Luís de Camões, no Chiado. Ao longo do percurso desta marcha "não autorizada", indicou a comissária em conferência de imprensa, os manifestantes "partiram montras", "roubaram mercadorias de lojas" e "pintaram graffitis nas paredes". Interpelados pela PSP, relatou Paula Monteiro, os manifestantes agrediram os agentes e atacaram "à pedrada" os carros-patrulha. Cerca das 19h00 os agentes chamaram o Corpo de Intervenção, num momento em que, segundo a comissária, os manifestantes estavam a preparar "três ‘cocktail-molotov’ (bomba incendiária feita com gasolina) e dispararam ‘very-lights’" contra a PSP. Ainda de acordo com a comissária, o Corpo de Intervenção da PSP agiu quando os manifestantes se dirigiram para a sede do Partido Nacionalista Renovador (de extrema-direita), na Rua da Prata, e gritaram palavras de ordem contra aquele partido. No decorrer das detenções, a PSP apreendeu "três ‘cocktails-molotov’, 26 barras de ferro e 21 paus de madeira e diversa simbologia anarcolibertária". A PSP considera que as pessoas detidas no seguimento da manifestação nada têm a ver com os jovens que ontem foram identificados pelas autoridades após terem lançado tomates contra um cartaz do PNR." (Publico)

5 Comments:

Blogger José Luís Malaquias said...

Foram presos e muito bem presos, como quaisquer cidadãos que violam as leis deste país e se envolvem em desacatos.
Não foram presos por serem de esquerda ou por serem anti-globalização.
Foram presos porque cometeram crimes.
Sem embargo, o alvo da ira deles é um partido que viola a constituição portuguesa e, como tal, deveria ser banido, a menos que se comprometa a cumprir a constituição. Teriam sido obrigados a isso, se tivessem seguido o protocolo normal de formação de um partido mas, em vez disso, optaram por tomar de assalto um partido moribundo que, por incúria dos seus ex-dirigentes, nunca tinha sido devidamente dissolvido.

Pessoalmente, se lá estivesse, também teria atirado um tomate ao cartaz, ainda que isso implicasse uma detenção policial por cometer uma acção ilícita. O direito à indignação permitir-me-ia a indulgência de danificar a mensagem de um cartaz, ainda que tivesse de depois enfrentar as devidas consequências judiciais por esse acto.

4/26/2007 5:05 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Mas qual é o problema do PNR?
O que é que causa tanta chispa?

Nuno

4/28/2007 5:59 da manhã  
Blogger José Luís Malaquias said...

O PNR rejeita a constituição portuguesa, rejeita as regras e os valores do nosso sistema. Seria como admitir na Liga de Futebol um clube que insistisse em jogar pelas regras do basquetebol ou, pior ainda, por um conjunto de regras próprio.
A própria constituição do partido, por meio de um golpe palaciano num partido fantasma, mostra os valores de quem não quer jogar pelas regras.
Visto que o seu objectivo é subverter as regras do jogo democrático, têm duas alternativas: tentar impôr pela força as suas ideias (sujeitando-se às respectivas consequências criminais se fracassarem) ou então aceitar temporariamente as regras da constituição actual e convencer 2/3 do eleitorado a mudar essa constituição para outra que mais lhes convenha. Agora, jogar sem aceitar as regras é que não podem fazer.

4/28/2007 10:56 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Eu também rejeito a constituição portuguesa e estou afastadíssimo desse PNR que nem sei o que é.
Qual é a Democracia vigente em Portugal? Há alguma "democracia"?

Nuno

4/29/2007 9:08 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

O PNR publicou isto:

«Nós, Nacionalistas, estamos “habituados” a ser conotados com “violência” e “perigo público”, muito embora, tal como temos sempre referido, não haja rigorosamente nada a apontar-nos.
Nunca houve o mais leve incidente ou violência que possa ser atribuído aos Nacionalistas ao longo da história do PNR. Nunca!
O nosso modo de estar é ordeiro e disciplinado. Respeitamos a lei e as forças da ordem.
Nunca destruímos propaganda política fosse de quem fosse. Nunca fizemos manifestações ilegais. Nunca agredimos a polícia ou praticámos actos de vandalismo.
Nunca!
Tais actos seriam, aliás, contra natura em relação ao Nacionalismo.
Contudo, estamos acostumados à imagem negativa e injusta que nos querem colar com vista a alarmar as pessoas e a afastá-las dos nossos ideais.

Ontem, dia 25 de Abril de 2007, podemos assistir à forma de se manifestar, ilegal, de escumalha de extrema-esquerda. Jovens comunistas e anarquistas com aspecto sinistro e marginal, atacaram a polícia e cometeram actos de vandalismo. Estavam armados com very-lights, cocktail-molotov, barras de ferro e garrafas de vidro e proporcionaram o espectáculo vergonhoso que condiz bem com a sua mentalidade.

É espantoso (e triste) verificar-se a existência de dois pesos e duas medidas que levam, por um lado, à diabolização e perseguição de Nacionalistas, mas que, por outro lado branqueiam o crime da extrema-esquerda.
É espantoso ouvir-se a advogada dessa gente falar deles como se de crianças inocentes se tratasse e atirar as culpas para a “brutalidade” da polícia.
É espantoso ver-se essa trupe mal encarada (aliás de cara tapada) sair do TIC aos urros pela rua, com medida de coação mínima.
São os dois pesos e duas medidas… Mas nós não nos cansamos de denunciar essa injustiça e agora, mais do que nunca, os factos e as imagens falam por si. Cada um que tire as suas conclusões.
Mas é um princípio de justiça que se dê o “seu a seu dono”. Assim, violência é com a extrema-esquerda.
Se querem encontrar sinais de violência, vandalismo e incitamento ao ódio, nós damos uma pista óbvia: procurem na extrema-esquerda que lá encontrarão!»

Sinceramente, nada tenho a ver com o PNR. Todavia, creio que é gente que dá a cara e tem a virtude de defender Portugal da cambada sinistra que faz tanta chafurdice que até parece ser uma multidão... de mentecaptos.

Nuno

5/01/2007 6:36 da manhã  

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