segunda-feira, março 19, 2007

FIM

Desde que me conheço que voto maioritariamente no CDS. Até aqui, com oscilações, foi quem melhor representou a direita em que acredito, a direita dos valores, que não verga perante o politicamente correcto ou por modas circunstanciais. O poder, no entanto, corrompe e as pastas que o partido assumiu no Governo AD fizeram mal a algumas cabecinhas. Incapazes de perceber que o CDS é um partido de oposição, alguns militantes nunca aceitaram a saída de Portas e menos ainda a liderança de Ribeiro e Castro. Com alguma falta de jeito e bastante pulhice interna da oposição a actual direcção prepara-se para cair nas mãos de quem, por razões puramente pessoais, "abandonou" o partido num momento difícil. Portas nunca deu o benefício da dúvida à presente direcção e encarregou os seus fiéis seguidores do trabalho sujo que tinha que ser feito para preparar o regresso do "messias". O CDS sucumbe e a direita fica orfã. A maioria que o ex-líder se prepara para obter, em congresso ou nas directas, não tem qualquer correspondência fora do partido. Em 2005, Portas saíu por ter apenas mais 1% que o BE trotskista. Em 2009 sairá por ter menos 1%. Até lá o partido agoniza e Sócrates rejubila. Com o meu voto não contam.
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