Quero Cheirar Teu Bacalhau
A rádio anuncia de dez em dez segundos que o Carnaval do Casino Estoril será abrilhantado pela actuação do one and only Quim Barreiros. Tudo bem. Ninguém é obrigado a odiar o Carnaval portuga. Nem a ficar com pele de galinha quando ouve o Quim rimar sobre a garagem da vizinha. Muito menos a abominar ambos, como é o meu caso. Agora não me venham dizer que o rapaz administrador do Casino Estoril, um certo Mário Assis Ferreira, é uma figura de proa da cena cultural do rectângulo. Ou que o Casino é uma espécie de Gulbenkian. É que fazer uma revista em papel caro, com um grafismo estafado clonado das revistas inglesas de vanguarda dos anos 70, para fazer colecção em casas neoburguesolas, só serve para épater le bourgeois. Ah, e para dar um ar de respeitabilidade a uma empresa que serve basicamente para arruinar vidas na roleta e outros passatempos.
Não se enganem, porém: eu não defendo a proibição do Quim Barreiros. Bastava-me a proibição do jogo. A não ser que se acredite que é preferível legalizá-lo, para o realizar em condições de higiene e acabar com a chaga do jogo clandestino, acabando com a humilhação dos julgamentos.
Ai, desculpem - ainda não consegui convencer-me de que o referendo já foi.
Não se enganem, porém: eu não defendo a proibição do Quim Barreiros. Bastava-me a proibição do jogo. A não ser que se acredite que é preferível legalizá-lo, para o realizar em condições de higiene e acabar com a chaga do jogo clandestino, acabando com a humilhação dos julgamentos.
Ai, desculpem - ainda não consegui convencer-me de que o referendo já foi.
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