PACHECO PEREIRA
"Quem já está a falar de um novo referendo (com o objectivo de ganhar o "não") não percebeu nada do que está a acontecer. No caso do aborto, como no divórcio, não há retorno. É uma mudança com uma forte componente societal, mais do que um resultado de um opinião circunstancialmente maioritária ou de um confronto político."
Parece-me evidente que Pacheco Pereira andou ao largo desta discussão. Ou então acaba de revelar a mentira que alguns defensores do Sim disseram com insistência, afirmando que o aborto era uma coisa má, a evitar. Se assim fosse, de facto, o objectivo de todos seria a redução do número de abortos e, em última instância, a sua tutela penal (ainda que com diferente moldura). Aliás, com uma cada vez maior certeza quanto à existência de vida humana, parece-me profundamente retrógrado afirmar-se, como faz Pacheco Pereira, que este é um assunto sem retorno.
6 Comments:
Pacheco Pereira é um analista de verbo agradável, que se caracteriza tanto pela qualidade da argumentação, como pela erro na conclusão. Mas é um bom entertainer ...
Será impensável no futuro, mesmo com um aumento drástico e continuado do número de abortos, voltar a criminalizar o acto e regressarmos ao aborto clandestino. Mais impensável ainda será um futuro referendo para esse efeito.
O progressismo é assim mesmo.
O Pereira da mesa de pé-de-galo está fodido porque parece que o NÃO ganhou na Marmeleira.
O Pacheco toma-se a si mesmo como exemplo:como já foi uma sucessão de coisas "sem retorno"...
Eu também concordo com pacheco. Não há retorno.Em muitas sociedades matar ou não os filhos era opção dos pais. Isso acontecia em roma..,na arabia pre muçulmana, etc.
É o regresso à barbarie.
Na inglaterra - legalmente- aborta-se até aos 6 meses.
Em espanha clinicas abortam até aos 7 meses e mais.
É o velho direito de vida e morte sobre os filhos.
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Concordo com o Pacheco e foi mais uma das razões para ter votado não. Ao ser permitido, o aborto vai ser assimilado como bom. É essa a função da lei que conseguiram deturpar durante a campanha quando afirmavam que era a lei de uns a vigorar sobre todos; como se assim não fossem todas as leis.
Vejo os países europeus a gastarem fortunas para combater os efeitos perversos do aborto e nem um só tem coragem de inverter a lei do aborto. Vão ser precisas várias décadas para que as mentalidades evoluam, deste estado de egoísmo materialista para um novo humanismo.
A tal coisa má é só para enganar os incautos. Todos eles vêm o aborto como o verdadeiro remédio para a (sua) infelicidade. A afirmação grotesca de que "a coisa só existe na cabeça da mulher" dá-nos a verdadeira dimensão do problema: a realidade e a para-realidade. É impossível dialogar com quem vive na para-realidade, porque ainda não foram descobertos os para-neurónios e diálogo pressupõe duas inteligências. Tudo o que digam não é credivel nem inteligivel.
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