segunda-feira, fevereiro 12, 2007

PACHECO PEREIRA

"Quem já está a falar de um novo referendo (com o objectivo de ganhar o "não") não percebeu nada do que está a acontecer. No caso do aborto, como no divórcio, não há retorno. É uma mudança com uma forte componente societal, mais do que um resultado de um opinião circunstancialmente maioritária ou de um confronto político."
Parece-me evidente que Pacheco Pereira andou ao largo desta discussão. Ou então acaba de revelar a mentira que alguns defensores do Sim disseram com insistência, afirmando que o aborto era uma coisa má, a evitar. Se assim fosse, de facto, o objectivo de todos seria a redução do número de abortos e, em última instância, a sua tutela penal (ainda que com diferente moldura). Aliás, com uma cada vez maior certeza quanto à existência de vida humana, parece-me profundamente retrógrado afirmar-se, como faz Pacheco Pereira, que este é um assunto sem retorno.

6 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Pacheco Pereira é um analista de verbo agradável, que se caracteriza tanto pela qualidade da argumentação, como pela erro na conclusão. Mas é um bom entertainer ...

2/12/2007 10:51 p.m.  
Blogger Willespie said...

Será impensável no futuro, mesmo com um aumento drástico e continuado do número de abortos, voltar a criminalizar o acto e regressarmos ao aborto clandestino. Mais impensável ainda será um futuro referendo para esse efeito.

O progressismo é assim mesmo.

2/13/2007 1:17 a.m.  
Anonymous Anónimo said...

O Pereira da mesa de pé-de-galo está fodido porque parece que o NÃO ganhou na Marmeleira.

2/13/2007 1:39 a.m.  
Anonymous Anónimo said...

O Pacheco toma-se a si mesmo como exemplo:como já foi uma sucessão de coisas "sem retorno"...

2/13/2007 1:45 a.m.  
Anonymous Anónimo said...

Eu também concordo com pacheco. Não há retorno.Em muitas sociedades matar ou não os filhos era opção dos pais. Isso acontecia em roma..,na arabia pre muçulmana, etc.
É o regresso à barbarie.
Na inglaterra - legalmente- aborta-se até aos 6 meses.
Em espanha clinicas abortam até aos 7 meses e mais.
É o velho direito de vida e morte sobre os filhos.
Visita o meu blog

2/13/2007 3:45 p.m.  
Anonymous Anónimo said...

Concordo com o Pacheco e foi mais uma das razões para ter votado não. Ao ser permitido, o aborto vai ser assimilado como bom. É essa a função da lei que conseguiram deturpar durante a campanha quando afirmavam que era a lei de uns a vigorar sobre todos; como se assim não fossem todas as leis.
Vejo os países europeus a gastarem fortunas para combater os efeitos perversos do aborto e nem um só tem coragem de inverter a lei do aborto. Vão ser precisas várias décadas para que as mentalidades evoluam, deste estado de egoísmo materialista para um novo humanismo.
A tal coisa má é só para enganar os incautos. Todos eles vêm o aborto como o verdadeiro remédio para a (sua) infelicidade. A afirmação grotesca de que "a coisa só existe na cabeça da mulher" dá-nos a verdadeira dimensão do problema: a realidade e a para-realidade. É impossível dialogar com quem vive na para-realidade, porque ainda não foram descobertos os para-neurónios e diálogo pressupõe duas inteligências. Tudo o que digam não é credivel nem inteligivel.

2/15/2007 1:52 a.m.  

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