Há Poucas Barbas
Eu estranho ver tão poucas barbas fartas nos homens portugueses. Estranho tanto haver tão poucas agora como estranhei ver tantas no Verão Quente de 75. Aí, até as mulheres usavam barba.
Estranho e não estranho. A barba é um sinal de pertença ao grupo, como o crachat do Che Guevara, o cabelo comprido oleoso, ou o camisolão de lã grosseira às corzinhas. Ou, na outra margem, o crocodilo bordado, o beijinho-só, ou o pe'cebe.
Não estamos assim tão longe da Idade da Pedra. O tigre-de-dentes-de-sabre vagueia pela noite e, pior que isso, o homem é o lobo do homem. Por isso, se corremos o risco de sermos massacrados pelo outro clã pela simples e prosaica razão de não sermos do outro clã, convém que o nosso clã saiba que somos do nosso clã, para nos dar uma mãozinha numa hora de necessidade. A barba é o nosso crachat. Pica e tudo.
8 Comments:
O homem é o lobo do homem? Eu acho que já li isto algures... onde terá sido? E o meu clã, qual será, Jorge? O dos barbudos do PREC? Acho que não... E AGORA?
Gotta take sides, my friend... the big bad wolf is watching you...
E as mulheres onde ficam no meio disto tudo??? (sem barba é claro :))
É ser do Sporting, que ninguém se chateia! E português enquanto for permitido.
Kara Ka:
Essa pergunta, às vezes, também eu faço: «Onde estão as mulheres?»
Caro João:
OK, o Sporting não é nenhum clã...
Karo Jorge,
Estão bem representadas aqui no IV!
Isso é verdade, Ka... E as comentaristas residentes também não estão mal...
Apesar de tudo, prefiro os crocodilos bordados... inscreva-me aí nesse clã, sff. Obrigados.
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