sábado, janeiro 27, 2007

Perguntas suscitadas pelo "sim" do Pedro Lomba

Os pais do Pedro Lomba já decidiram o seu sentido de voto no Referendo. Votam "Não". Ele, pelo que me apercebi, votaria "Nim", se fosse possível. Não sendo, em vez da trabalheira de mudar as duas letras do fim, prefere mudar só uma, a primeira. Ele vai votar "Sim". Não me surpreende o sentido de voto, mas os fundamentos que o suportam.
Isto que leram suscita-me algumas perguntas:
1. Um "sim" será relativista e compromissório? O relativismo e o compromisso do "sim" são apenas um desejo genuíno do eleitor ou podemos encontrá-los no legislador?
2. O "sim" alarga as nossas possibilidades de resposta aos problemas que o aborto coloca? Alarga, como? Que problemas são esses que podem ser mais bem resolvidos com o "sim"?
3. O "sim" permite evitar as consequências nocivas da lei em vigor? Quais são essas consequências?
4. O principio de que o aborto é crime para além das dez semanas deve ser conservado? Porquê?
5. Só o "sim" nos permite defender que, sem punição penal para as mulheres que abortem até às dez semanas, o Estado desmotive o recurso ao aborto? Em que se baseia para pensar que o "sim" levará o Estado a desmotivar o aborto? Acha mesmo que o Estado tem de desmotivar o aborto? Porquê?
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