Eles andem aí...
Já há atrasado expus, aqui mesmo, uma teoria um pouco rebuscada. Por razões óbvias, tenho de insistir nela.
Gosto muito de ler e tenho uma inveja terrível de quem sabe escrever. Admiro os textos do Saramago e da Lídia Jorge e deixo-me levar pela poesia do Manuel Alegre com prazer imenso. Mas a era da cruel globalização não permite que tenha acesso apenas ao que de literário nos legam. Estes tempos impiedosos obrigam-nos a conviver com o que pensam de si próprios e do mundo... ou melhor, com o que dizem ser o que pensam de si próprios e do mundo... É aqui que entra a minha rebuscada teoria...
É evidente que quem escreve o "Ensaio sobre a cegueira" não pode ser a execranda criatura que se passeia pela decadência da nossa intelectualidade. É óbvio que quem escreve o "Lusíada Exilado" não pode ser aquela senatorial figura que debita, inflamado, vacuidades muitas. É manifesto que quem escreve "O Jardim sem Limites" não pode ser aquela furiosa e desconcertante metáfora à indigência espiritual. Não podem ser umas e as mesmas pessoas... não podem!
São clones marcianos (isto já estou a inventar, só sei que são de outro planeta) que se apoderam dos seus corpos, dos seus espíritos e nos castigam com força... Carregam onde dói. E dói muito.
1 Comments:
Caro Box:
Se me permite, publicarei dentro de minutos um post que pretende ser uma contribuição para a sua inquirição...
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