Por falar em cafés
Não há nenhum café como o que sai do balão. Enquanto que o resto das máquinas é só pôr o café ou carregar no botão, este é um misto de sensações que se prolonga mesmo depois de bebê-lo.
Recordo-me bem dos almoços em casa da Avó. Estavam todos presentes, avó da mãe, avó e tios. O café fazia parte da refeição e era um momento mágico, quase sacramental. A quantidade de café, a altura exacta de se pôr no balão (essencial), a razão da àgua subir, o cheiro intenso, a espuma (sempre bom sinal), a usual piada do filtro ser da roupa interior e a discussão de quem apagava a chama (muitas vezes tinham que acender várias vezes), eram assuntos recorrentes. Era um sinal para nós, netos e sobrinhos, de tradição e de sentimento de pertença a um clã. Fazer as refeições e beber o café em família é uma tradição cultural e familiar que se está a perder, é pena.
Café de balão? Claro, posso ser eu a fazer?
Recordo-me bem dos almoços em casa da Avó. Estavam todos presentes, avó da mãe, avó e tios. O café fazia parte da refeição e era um momento mágico, quase sacramental. A quantidade de café, a altura exacta de se pôr no balão (essencial), a razão da àgua subir, o cheiro intenso, a espuma (sempre bom sinal), a usual piada do filtro ser da roupa interior e a discussão de quem apagava a chama (muitas vezes tinham que acender várias vezes), eram assuntos recorrentes. Era um sinal para nós, netos e sobrinhos, de tradição e de sentimento de pertença a um clã. Fazer as refeições e beber o café em família é uma tradição cultural e familiar que se está a perder, é pena.
Café de balão? Claro, posso ser eu a fazer?
6 Comments:
Caro Miguel Sousa Novais,
Embora eu seja de uma outra geração, ainda hoje em dia, quando vou a casa da minha avó, existem todos esses rituais do café de balão. Embora seja muito mais prático o café carregando simplesmente no botão, confesso que fico muito mais aliciado pela poesia que são todos os processos de se conseguir um café de balão. Gostei muito do texto.
Afonso,
obrigado e seja bem-vindo a esta casa. Quanto à idade, deve ser engano. Os meus comparsas de blog é que são de outra geração...
Abraço
Miguel,
Pelos vistos foi engano meu. É-me um pouco difícil imaginar a idade e a geração das pessoas via blog, por isso deduzo a idade, pelo menos mental, das pessoas pelos textos que elas escrevem. Imaginava-o, assim, mais velho do que pelos vistos realmente é.
(Já vi o livro «Salazar e a Rainha» na Bertrand, tirei as referências e fazemos tenções de o dar no Natal à minha avó, obrigado, boa proposta.)
Um grande abraço
Olha o gajo a chamar-me velho... malcriadão. O menino MSN já leu o livro que o tio Vox recomendou? E gostou?
Entretanto, estou a magicar um post sobre os malefícios da cafeína, quando ministrada a jovens... mesmo os vapores... devem deixar sequelas.
Tio Vox,
não se ofenda. Apenas quis dizer ao Afonso que sou mais novo que o resto dos meus co-bloggers, apesar de mais velho que ele. Digamos que estou no meio das duas gerações.
Quanto ao livro que me recomendou, gostei. Até o sugeri a outros, como se vê. Mais alguma recomendação?
Por último, teremos a oportunidade de discutir os malefícios da cafeína na próxima semana ao bebermos um cafezinho.
Muito bem, meu querido Sobrinho, até lá então.
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