É a educação da moda!
A nossa pseudo-intelectualidade, encadeada pelas maravilhas da etiologia, continua a esgravatar em torno de si própria, em busca da essência do nosso (nosso, nosso) atraso. E, mais de 30 anos depois do seu decesso, continua a encontrá-la na pessoa do Doutor Salazar. Sempre me pareceu bacoco o simplismo militante deste postulado. Para mim, que não conheci o senhor! Nem o conheceram o Paulo Portas e a Inês Pedrosa, acho eu. Pois bem, nos jornais deste fim de semana, lá estavam ele (na tabu) e ela (na única) a convergirem, a propósito de temas diferentes, no repúdio da política educativa do Estado Novo.
Ela chega a dizer: “Salazar, pelo menos, tinha a consciência de que a educação transformaria o povo – por isso pôs tanto empenho na manutenção rígida das classes sociais, impedindo de facto o acesso dos pobres aos estudos superiores”.
Ela chega a dizer: “Salazar, pelo menos, tinha a consciência de que a educação transformaria o povo – por isso pôs tanto empenho na manutenção rígida das classes sociais, impedindo de facto o acesso dos pobres aos estudos superiores”.
E percebe-se. Ele que era filho de milionários, bem sabia que aos filhos dos pobres não seria dado ver a luz brilhante da inteligência.
É evidente que esta sanha anti-salazarista não é lavra de quem não viveu aqueles tempos. É moda. Moda que ficou dos tempos das mais amplas liberdades. Aqueles que nos teriam levado muito longe, além Urais, não fora o 25 de Novembro...
A sempre irritante leitura dos textos da Inês Pedrosa (que só volto a ler daqui a 6 meses, prometo! como sempre me prometo depois de começar a ler um dos seus artigos) lembrou-me um estudo de que ouvi falar a semana passada sobre as escolas dos ricos e as escolas dos pobres. Nestas, por comparação, e agora de memória, são sete vezes mais os alunos que chumbam mais do que uma vez e apenas um terço os que nunca chumbaram ano nenhum. E esta? Atenção: julgo que este estudo se refere às escolas dos dias de hoje. Não das de há cinquenta ou mais anos! E a culpa deste horror é de quem? Do Salazar, claro! É mais cómodo pensarmos assim!
É evidente que esta sanha anti-salazarista não é lavra de quem não viveu aqueles tempos. É moda. Moda que ficou dos tempos das mais amplas liberdades. Aqueles que nos teriam levado muito longe, além Urais, não fora o 25 de Novembro...
A sempre irritante leitura dos textos da Inês Pedrosa (que só volto a ler daqui a 6 meses, prometo! como sempre me prometo depois de começar a ler um dos seus artigos) lembrou-me um estudo de que ouvi falar a semana passada sobre as escolas dos ricos e as escolas dos pobres. Nestas, por comparação, e agora de memória, são sete vezes mais os alunos que chumbam mais do que uma vez e apenas um terço os que nunca chumbaram ano nenhum. E esta? Atenção: julgo que este estudo se refere às escolas dos dias de hoje. Não das de há cinquenta ou mais anos! E a culpa deste horror é de quem? Do Salazar, claro! É mais cómodo pensarmos assim!
7 Comments:
és muito burro.
então a inês pedrosa nasceu depois do 25 de abril? e é preciso ter vivido aqueles tempos para saber o que se passou?
queres fazer a comparação da percentagem de gente que anda na escola hoje com o tempo do botas?
e já agora, percebes porque é que ele conseguiu estudar sendo pobre? porque nessa altura não governava, ignorante.
ao primeiro comentador,
ó minha grande besta, onde é que está escrito que a Inês Pedrosa nasceu depois do 25 de abril?
ó meu asno que julga que sabe escrever, és mesmo muito burro; caso contrário terias percebido a referência aos estudos do outro senhor.
a andar daqui para fora que impestas o ambiente com a tua atrasadice mental.
Caro Vox:
Não sou admirador da senhora (desta senhora - bom, da outra também não....), mas parece-me difícil argumentar que o Salazar, depois de resolver, honra lhe seja, o caos deixado pelos desmandos da I República não tenha - deixemos de parte a questão dos direitos humanos - promovido activamente a não-educação das massas, a fim de provocar a interrupção voluntária da revolução. Uma simples comparação com Espanha, onde o ditador era muito mais sanguinário, mas desenvolveu solidamente a indústria, por exemplo, julgo que provaria ao meu ponto.
Numa abordagem mais próxima, não lhe parece que o nível intelectual dos dois comentadores de serviço no seu post, embora pareçam ter convicções opostas, ilustra bem o que acabei de dizer?
Cumprimentos (e um abraço ao NP, se o vir...)
Acalmam-se meninos! Os cães ladram mas a caravana passa!
Caro Jorge,
Percebo perfeitamente o seu ponto. E aceito-o. O que me parece desresponsabilizante é imputarmos a fantasmas há muito idos as culpas que são nossas. É que tanto tempo depois... esta miséria educativa é fruto da nossa árvore.
Abraço
pois, pois, isso também não deixa de ser verdade...
sei lá...
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