sexta-feira, novembro 03, 2006

O Poeta e os ladrões


O Poeta Alegre é pessoa muito da minha estima e consideração. Admiro os tiques de aristocrata decadente, a métrica com que burila a escrita e a voz de barítono que usa para largar imbecilidades e lugares comuns. É personagem grave e respeitável, senhor de um ego em muito afagado com os votinhos que a turba ignara decidiu botar nas urninhas presidenciais… Enfim, um senhor!

Ouvi o bardo, há atrasado, na TSF, insurgir-se contra o facto de a Banca, em época de crise, ter lucros astronómicos… “de 30%,” disse ele! Pois é! (30% de quê? será em média? Simples? Ponderada? Não interessa… desde que rime…). Ouvindo estas ideias brilhantes que doem, o ululante Louçã rejubilou com apreciado gáudio, aproveitando para zurzir os camaradas do poeta, que, rendidos ao grande capital, evitam tocar nos privilégios dessa vil indústria.

Não podiam os camaradas, em todo o caso, deixar de atender aos gritos doídos da versejante criatura e … pimba… vai de prometer a alteração das regras aplicáveis aos arredondamentos dos juros do crédito à habitação!
Obrigado, Poeta!
Obrigado, Anacleto!
Grato, Camaradas…
Ainda não tinha eu acabado de agradecer o bem que me fizeram nos parques de estacionamento… e agora os juros… Os bancos são ladrões e vós sois … hmm… não me lembro de nada que acabe em “ões” e eu queria tanto fazer um verso!

2 Comments:

Blogger Bart Simpson said...

Tanta raiva por esta malta que até diz NÃO aos sócrates-cavacos-jardins-mendes. Devem ter sido esses equerdistas que estiveram no poder...

11/04/2006 2:57 da manhã  
Blogger vox patriae said...

Tens razão, Bart... Foram esses esquerdistas e outros tão maus como eles... que nojo!

11/04/2006 9:46 da manhã  

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