sexta-feira, outubro 06, 2006

"Ensaio sobre a cegueira"

"Esta é uma cartilha que faz a apologia do uso ilegítimo e criminoso das armas confiadas aos polícias e da inimputabilidade das chefias, uma cartilha que, em nome de uma noção deplorável da "autoridade do Estado", sobreviveu a sucessivos governos democráticos, acumulando mortes bárbaras e injustificadas. Só em 2006, até agora, pelo menos três jovens perderam a vida devido a disparos mal fundamentados da PSP e da GNR. Os processos de averiguação correm ainda, mas não surpreenderá - faz parte da cartilha - que terminem inconclusivos ou com uma acusação de negligência, sem uma beliscadura nas chefias nem uma palavra de pedagogia das instâncias políticas. Num país que se prepara para debater os direitos da vida intra-uterina, o direito à vida dos Vítor Hugos não faz ondas. O dono do nome, autor d'Os Miseráveis, poderia explicar porquê."
Começa por invocar a discussão sobre o aborto (que claramente nada tem a ver com este assunto) e acaba a retirar conclusões com base em meras suposições. Pelo meio, deixa ainda cair suspeitas gravíssimas acerca da forma como estes processos são tratados.
As "causas" da jornalista Câncio, para além da revolta que me causam no estômago, baralham-lhe o raciocínio.
Os últimos posts no glória fácil e textos no dn são um exemplo claro da demagogia e parcialidade com que a jornalista Câncio tem exercido ultimamente a sua profissão. Uma pena.
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