"Factor QI"

Filipe Rodrigues da Silva acha que o Papa, com a sua intervenção em Ratisbona, legitimou a guerra santa dos fundamentalistas. O seu editorial no dd não passa de um acto de censura lamentável, em que demonstra, ele sim, a falta do "Factor QI" que refere (aqui, porém, com sentido diverso daquele que o autor apresenta no seu texto).

"Exprimir como exprimiu a jihad, essa contestada guerra santa, e meter pelo meio o profeta Maomé, é dar aos radicais muçulmanos a legitimidade para o que um humanista contemporâneo não defende. O Papa tornou-se um aliado imprevisto dos extremistas islãmicos – os quais até contam agora com o apoio das alas moderadas – e das suas acusações contra os cruzados modernos.
Enquanto Chefe de Estado e líder maior de uma comunidade religiosa à escala mundial, lendo ou não o discurso por antecipação, o Papa não podia ter dito o que disse. Se o o fez de propósito, é grave. Se foi por negligência, é ainda pior."