Passo a citar parte da mais recente prosa do meu amigo Nuno Pombo, com a qual discordo profundamente mas que, à semelhança do que já aconteceu com o Luís Rainha (Nuno, não te ofendas com a comparação, a qual faço, como é óbvio, em termos meramente formais e não substanciais), está escrito com tal mestria que quase me leva pela certa.
"Dito isto, devo ainda confessar que abomino a República. Este meu sentimento, porém, não assume proporções planetárias. Repudio pois a república portuguesa. Haverá latitudes em que a república se justifica, por ausência de um sistema que se possa apresentar como alternativo. E noto, com alguma estranheza, que os republicanos são, regra geral, internacionalistas. Entendem terem descoberto uma receitinha universal e querem-na, magnanimamente, exportar para todos os confins da Terra, derrubando as intrinsecamente pouco democráticas monarquias. Claro que este juízo permite que os incautos (e devem ser muitos) acreditem ser a Síria uma verdejante democracia e a Suécia a mais vandálica das ditaduras. Mas essas pequenas dificuldades, lá está, a razão ajuda a contornar."
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