quarta-feira, junho 28, 2006

Desordem pública

Tenho para mim, que a questão timorense, mais do que tudo, se trata de um problema de (des)ordem pública. Com efeito, apesar de todas as teorias, umas mais conspirativas que outras, Timor tem um sistema policial e judicial que não funciona. Se Timor quiser efectivamente existir enquanto Estado (independente), terá de aprender a resolver as dissonâncias políticas no Parlamento, não caindo na tentação de levar o combate político para as ruas.
Quanto aos confrontos de rua, que esta noite voltaram a existir (mesmo após o anúncio da demissão de Alkatiri!), têm de ser resolvidos com mão de ferro pelas autoridades, à semelhança dos desacatos das útlimas semanas, devendo os autores de tais actos ser levados à justiça. Caso contrário, o precedente que se abriu rapidamente tornar-se-á numa realidade frequente, bem sabendo os opositores do poder instituído que bastará matar meia dúzia de pessoas e incendiar algumas dezenas de casas para que haja alternância no poder.
O que me impressiona é que pessoas como a Dra. Ana Gomes, alegadamente especialista em "assuntos timorenses" (seja lá o que isso for!), venha em público papaguear a demissão de Alkatiri como se fosse a coisa mais normal deste mundo. Convém lembrar esta e outras personagens que este problema é muito mais que um caso prático de uma qualquer cadeira de Relações Internacionais. Haja decoro.
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