A polícia malvada e o desgraçado do agredido
Muito se tem falado acerca das agressões por um polícia de que foi alvo um sujeito no Porto. Só falta transformarem o caso num Rodney King à portuguesa. É extraordinário que se faça do polícia o bandido e dos sujeitos os ofendidos.
Ao que parece, estava um grupo de indíviduos embriagados a destruir sinais de trânsito numa rua do Porto quando foram abordados por um carro patrulha da PSP. Palavra puxa palavra e um agente mais afoito e idiota, visivelmente irritado, decidiu dar uns açoites num dos sujeitos. Pelo vídeo não se percebe mas os jornalistas dão de barato que nada justificou as agressões. Os colegas do agente, em todas as ocasiões em que o mesmo brindou o prevaricador com uns estalos, afastaram-no e o sujeito acabou por ser detido.
Ora, os jornalistas e outros defensores dos injustiçados e oprimidos já vieram clamar contra a atitude da polícia, invocando o Estado de Direito democrático e tudo o mais.
Cá para mim tenho que:
- o agente que pregou com alguns estalos no sujeito deve ser objecto de processo disciplinar e apanhar com uma repreensão dos seus superiores;
- os demais agentes actuaram dentro da legalidade e com bom senso, não tendo alinhado nos desvarios do colega e tendo conseguido refrear os ânimos de todos os envolvidos;
- os prevaricadores deverão ser constituídos arguidos pela prática de um crime de dano qualificado, por destruição de coisa destinada ao uso público.
Numa altura em que o crime e a insegurança aumentam, parece-me de todo imprudente que se faça dos polícias os maus da fita, principalmente quando estamos perante uns estalos sem consequência.
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