sexta-feira, abril 07, 2006

D. Miguel e D. Pedro - interesse meramente histórico

A História é escrita pelos vencedores. Dos vencidos não resta senão a lembrança dos que sabem honrar a verdade e dos que insistem em sublinhar a dignidade de um ramo dinástico que o "arejado" liberalismo votou ao ostracismo. Descendente de D. Miguel (nem sequer era preciso que fosse o próprio, a quem eventuais culpas poderiam ser assacadas) que metesse os pés em Portugal podia ser, pura e simplesmente, morto. Mas houve filhos e netos do Rei D. Miguel que não quiseram morrer antes de conhecer a terra que o Pai e o Avô amava. Viveram todos na mais digna pobreza porque nunca quiseram aceitar que os seus bens saíssem de Portugal. Por isso, D. Miguel sempre foi genuinamente amado pelos mais simples, pelos Portugueses que não andavam a soldo de interesses escusos e/ou estrangeiros.

Sempre defendeu a Igreja... a mesma que os mata-frades pós revolucionários espoliaram dos seus bens (o pão dos pobres). Por isso, a emergente nobreza e fulgurante burguesia começaram a ter conventos e acesso às riquezas eclesiásticas, as mais delas frutos de deixas testamentárias de cristãos sinceros.

Porém, é justo reconhecer que os Reis descendentes da Princesa do Grão Pará souberam dignificar Portugal e servir os Portugueses. Quis Deus (ou o destino, para os laicos) que, hoje, a chefia da Casa Real estivesse entregue a alguém que descende de ambos os fraternos contendores. O Senhor Duque de Bragança representa, assim, o sangue dos dois irmãos desavindos. Possa nessa representação repousar a reconciliação nacional e a Restauração de Portugal. Possa, por ele, o nosso País acordar deste pesadelo republicano.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

"Possa, por ele, o nosso País acordar deste pesadelo republicano"

Boa anedota.

Jaime Acúrsio

4/08/2006 7:07 da tarde  
Blogger Zé Maria Duque said...

Que Deus te oiça!

4/09/2006 10:39 da tarde  

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