Os "impecáveis" também se zangam
"Ex-membro da mesa nacional (MN) e cabeça de lista em Cascais nas eleições autárquicas de 2001, José Casquilho protagonizou o mais recente abandono do Bloco de Esquerda, ao desvincular-se, em Fevereiro último, do partido, na sequência de divergências sucessivas com a cúpula do partido (...).
Em declaração ao Público, José Casquilho, doutorado em Engenharia Florestal, explicou que o facto de defender a utilização da energia nuclear era incompatível com a sua permanência no BE, além de estar também «farto do aparelhismo» no BE, «aspecto que parece inevitável no crescimento dos partidos».
Salientando que assistiu à dominação do «politicamente correcto», Casquilho considera ainda que «há um velho problema na esquerda (radical) que não se ultrapassa: a uma linguagem de inclusão tende a opor-se uma prática de exclusão. Parece que o Bloco está bloqueado por uma inevitabilidade dialéctica ligada ao seu nome. Pena que não se tenha chamado Mosaico de Esquerda e talvez o presente e o futuro fossem diferentes.»
Entretanto, também Joana Amaral Dias voltará a participar nos encontros daquele órgão, depois de ter exercido as funções de mandatária para a juventude da candidatura a Belém de Mário Soares.
Instada a comentar uma notícia do Semanário, que dava conta da eventual saída de Louçã do cargo de coordenador do BE, a dirigente afirmou que a «renovação é salutar», notando que o deputado «não pode eternizar-se» naquelas funções. «Mais cedo ou mais tarde tem de haver essa discussão», apontou.
Contactado pelo Público, Louçã desmentiu a notícia do seu afastamento e não quis adiantar se vai recandidatar-se às funções de coordenador geral."
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