terça-feira, janeiro 17, 2006

Uma certa esquerda

A esquerda tem-se revelado nesta campanha eleitoral, pelo menos alguma esquerda. Senão vejamos:
1. Antes de mais, é notório que todos os candidatos de esquerda têm como objectivo quase exclusivo derrotar Cavaco Silva, o que, convenhamos, é muito pouco.
2. Os candidatos de esquerda candidatam-se, pois, pela negativa, não apresentando ideias.
3. Também tem sido visível a arrogância e desonestidade intelectual e cultural que a maioria dos candidatos exibe quando fala de Cavaco: não sabe falar, não fez nada pela democracia, é um razoável economista mas não percebe nada de cultura, tem um passado tenebroso enquanto primeiro-ministro, sendo responsável pelo estado do país, é o culpado do desemprego, criou o monstro, enfim, um chorrilho de disparates.
4. Ora, pensando no passado dos outros candidatos e nas suas ideias, o que temos?
- Soares: descolonização, presidências abertas, os seus governos, violações de leis eleitorais à boca das urnas...
- Alegre: lutou contra o antigo regime e é deputado. Promete dissolver a AR se as águas forem privatizadas. Escreve poemas.
- Jerónimo: já trabalhou. Gosta de dançar. Defende a reforma agrária. Não gosta do BE (isto é bastante positivo!)
- Louçã: é, sem dúvida alguma, o mais insuportável de todos os candidatos. É o Mourinho (no seu pior!) da política sem quaisquer vitórias. Julga-se o mais forte, o mais esperto, o mais inteligente, o maior. É, de facto, o MAIOR... idiota que habita entre os políticos. A forma displicente como defende o aborto, a legalização das drogas, o casamento entre os homossexuais, a adopção por estes de crianças, é reveladora da sua falta de cultura democrática e soberba mental. Não gosta de ninguém a não ser de si mesmo.
Esta esquerda vive do passado e deseja o regresso a esse mesmo passado. Esta esquerda merece o que lhe vai acontecer no dia 22.
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