quinta-feira, fevereiro 21, 2008

tendências

Estão a tentar impor a criação de tendências no CDS. A que tem mais visibilidade, porque acarinhada por muitos em blogues ou amplamente noticiada na comunicação social, é a ala liberal, cuja inspiração se deve ao António Pires de Lima. Circula agora um pedido para que seja assinada uma petição online que contém a declaração de princípios da ala liberal, iniciativa também veiculada, ao que noticiou o Expresso, pelo secretário-geral do partido, em e-mail dirigido aos (todos?) militantes. Até agora, tem cerca de 140 assinaturas, sendo que muitas foram rejeitadas ou apagadas. Ao que julgo saber, outras tendências estão a ser criadas. Sem querer, para já, comparar nenhuma delas entre si, tenho para mim que o CDS é um partido pequeno demais para que se dividir em tendências. Em vez de um desejável pluralismo, adivinha-se o florescimento do espírito de facção. E esta opção estratégica é tanto mais esdrúxula quanto se sabe que o programa do partido é claro e, supostamente, aceite por todos os militantes. Não estranho, por isso, a fraca adesão dos militantes, mesmo depois de se terem criado condições que facilitam a sua criação. Se a intenção dos promotores das ditas tendências é a alteração do programa do partido, mais sério teria sido que o tivessem assumido desde logo. Porque o não fizeram, ficam os seus objectivos por perceber ou sujeitos às mais diversas interpretações.
(publicado também aqui)

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

VPF,
Excelente análise. O objectivo dos dirigentes actuais é mesmo esse: alterar o programa do partido no sentido libertário que advogam. Mas como sabem que os militantes se oporiam a tal desiderato, resolvem mascarar o objectivo com as tendências. Que servem, aliás, outra finalidade: criar a ilusão do regresso oportuno do chefe para acalmar os ânimos desavindos. O que, tendo em conta que foi o chefe que gerou a guerrilha, tem a sua piada. Ou não.
Mafalda

2/21/2008 5:57 da tarde  

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