sábado, fevereiro 02, 2008

Por falar em deputados porcalhões...




Sejamos franco. A indigência da nossa democracia parlamentar é bem ilustrada pelo artista (e que artista!) Nuno C. Pereira. Polemista de mediocridade demonstrada, faz do disparate a sua bandeira e do avental o seu refúgio. Eis que agora, depois de nos ter brindado com patifarias várias a propósito da sua visão muito particular da Instituição Real, fez publicar um livro. É claro que só quem nunca o ouviu falar é que acredita que ele sabe escrever. E mais claro ainda que só quem não tenha lido duas páginas que a criatura haja assinado pensará que se conseguem ler mais de três. Só se for pela mortificação a que a quadra quaresmal nos convida. Mas duvido que haja tão grave pecado que careça de tamanha expiação. E usando o rigor terminológico do João Vacas (aqui) e do Jacinto Bettencourt (aqui), ouso dizer: está a nossa deputação enxameada de pulhas e de "rosas" cujos espinhos nos cravam na já doída condição de ser Português.

6 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Este livro do NCP só dá razão aos partidários do Regime Republicano. Não consta que algum primo afastado de Cavaco Silva tenha posto em causa a sua legitimidade para exercer o mais alto cargo da nação. O que não se admite é que a actual constituição não permita sequer a consulta popular que permita aos partidários da causa monarquica defender a restauração da monarquia pela via democrática, uma vez que a república também não está legitimada por consulta popular.

2/04/2008 11:08 da manhã  
Blogger José Luís Malaquias said...

A actual constituição emana de uma Assembleia Constituinte, que a aprovou por uma maioria superior a dois terços.
Por isso, está mais do que legitimada pelo voto popular.
Também não é verdade que não permita a consulta popular em absoluto.
É possível rever a constituição para qualquer fim, por uma maioria de dois terços, até para alterar as cláusulas que dizem o que é que não é alterável.

2/05/2008 7:49 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

A porra é que a puta da constutuição nem foi referendada...
Os comunas é que sabem!
Foda-se!

2/06/2008 7:08 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Este anónimo, para além de mal educado, não sabe escrever, ou então é gago! Será que queria dizer constututuição, ou eventualmente constutututututuição, ou até mesmo constututututututuição, ou quem sabe constutututututututição?

2/06/2008 10:10 da tarde  
Blogger João Mattos e Silva said...

Caro JL Malaquias
Calculo que saiba quando foi aprovada a Constituição:1966. Ou seja durante o PREC, com pressões exteriores sobre os constituintes e com a auto-pressão dos cosntituintes que, quase todos, defendiam o socialismo como desejável para o País, mesmo os que a não defendiam. Assim,também todos eram favoráveis ao célebre artigo 228 h), copiado da constituição francesa, mesmo os monárquicos que lá estavam, mesmo do PS. Só que em França a "forma republicana de governo" significa "forma democrática de governo".
A Constituição defende-se da Monarquia, mesmo da democrática, mas não de um regime anti-democrático, o que seria desejável.
Tal como diz, basta fazer a revisão sucessiva da Constituição, para remover a excrescência constituinte. Só que, parecendo nas suas palavras, tão simples, implicaria que o PS concordasse. Ora o PS é o sucessor na III República do Partido Democrático do Dr. Afonso Costa da I República e se, graças ao Dr. Mário Soares, entre outros, deixou de o anti-clericalismo fundador,porque percebeu que isso iria comprometer o êxito da democracia, não perdeu ainda os tiques ditatoriais do PD e, por isso, haver liberdade de escolher por voto popular outro regime que não a república, nem pensar.
Não sei se é por ingenuidade se por democratismo puro que defende esta solução, sabendo que é essa defesa é um jogo viciado.
Com isto não estou a defender outra via restauracionista que não a da vontade democrática livremente expressa. Isso quando houver liberdade para o fazer e quando o PS entender que a liberdade deve ser universal e não um feudo seu e ao serviço das suas convicções.Como estou em crer que esse aspecto é uma questão geracional, espero que que quando a velha guarda, que foi oposição à ditadura na memória da I República e, finalmente se reformar, esse obstáculo será removido.
Cumprimentos do seu habitual leitor.

Quanto ao fadista-deputado, nem vale a pena falar. Para além de não saber escrever, não sabe pensar e o tal livro é um somatório de insanidades e incongruências.Mas em democracia, na qual felizmente vivemos, a asneira também é livre.

2/06/2008 11:37 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

João Mattos e Silva,

em 1966 ainda o Botas estava de boa saúde e as siglas PREC apenas queriam dizer o "Presidente da República é Cabeçadeabóbora"

2/07/2008 12:38 da tarde  

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