terça-feira, fevereiro 12, 2008

Escolas e difusão da ignorância

Este "post" surgiu após ter participado numa breve discussão com a "tropa fandanga" do 5 dias. Nem vou revelar o tema em questão pois este impor-se-ia rapidamente ao assunto que aqui me traz (quem quiser saber veja aqui). No decorrer da referida discussão verifiquei que uma das participantes, Fernanda Câncio, não sabia o significado da palavra "liberalizar". Há muitas palavras de que não sabemos o significado mas esta, pela frequência com que aparece escrita e verbalmente, não é das mais difíceis. O que me chamou a atenção foi o facto da minha interlocutora ser jornalista e ainda por cima num jornal de expressão nacional onde, julgo, escreve regularmente uma coluna de opinião. Eu já fui jornalista em tempos e lembro-me como um dos orgulhos da classe era saberem escrever correctamente quer em termos ortográficos quer na aplicação de conceitos. Frequentemente criticavam entrevistados (quando estavam de volta à redacção, entenda-se) por não saberem falar e por terem de ser eles, os jornalistas, a corrigir o português quando faziam a transcrição das entrevistas. Em suma, os jornalistas tinham uma grande responsabilidade pois funcionavam como se fossem o garante da boa aplicação escrita do português. Passaram já alguns anos e a escrita medíocre instalou-se em Portugal por via do fraco ensino escolar e das passagens obrigatórias mesmo para aqueles que não sabem ler nem escrever. Os alunos saem cada vez mais ignorantes da escola e onde antes se podia ver um exemplo de correcta aplicação das palavras e do seu significado vê-se agora a difusão dessa ignorância. Mas quando isto acontece ao nível do jornalismo torna-se mais chocante. Os jornais são fontes de informação lidas diariamente por centenas de milhares de pessoas em Portugal e por isso os jornalistas têm a obrigação e a responsabilidade de acarinhar a língua portuguesa escrevendo correctamente e usando os conceitos de uma forma apropriada. Mas quem confunde liberalizar com legalizar e considera que liberalizar implica necessariamente a remoção de todas as regras não o pode fazer. È o caso de Fernanda Câncio, que não está à altura daquela responsabilidade.

17 Comments:

Anonymous Anónimo said...

É pena nem todos os jornalistas terem o dom da escrita e a clareza de ideias do V. blogger José Luís Malaquias

2/12/2008 5:57 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

O JL Malaquias tem muitos dons mas não tem clareza de ideias. È esquerdalha.

2/12/2008 5:59 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Pode não concordar com as ideias dele, mas que as expõe claramente, não tenha dúvidas

2/12/2008 6:39 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Tenho dúvidas sobe a clareza do seu pensamento esquerdalha.

2/12/2008 9:22 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

O rpa que apareceu ali é falso. É um anónimo.

2/12/2008 9:23 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Porque razão é que todos os críticos de José Luís Malaquias insistem em não saber português? Anónimo das 5:59 PM, experimente o acento agudo, em vez do grave!

2/12/2008 11:37 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Há, nestes comentários, muitos apointes do JL Malaquias. Alguns até o imitam na correcção dos acentos.

2/12/2008 11:48 da tarde  
Blogger Samuel de Paiva Pires said...

Este comentário foi removido pelo autor.

2/13/2008 4:29 da manhã  
Blogger Samuel de Paiva Pires said...

Ricardo não se chatei-e com isso, a namorada do PM não merece.

Subscrevo em tudo o seu post. Não é de admirar que o jornalismo português tenha cada vez menor qualidade.

2/13/2008 4:30 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Há aqui dois "graves" problemas.
Um, é questão dos acentos. É que quem se assenta arrisca-se a meter os acentos onde não deve e, depois, pelo menos, a coisa deve ser desconfortável.
Mas há quem goste...
Os progressistas têm tendências que a razão desconhece.
O outro respeita o tal JL Malaquias, mais conhecido pelo "malacueco". Trata-se de um imbecil esquerdelha que, aparentemente, receberá uns trocos dos socialistas no poder pelo seu trabalho de sapa, sujo, tal é o seu nervo a defender a "situação", qual de um saudoso "estado novo", mas a que está muito longe de lhe chegar aos calcanhares quanto mais ao bom-senso.
Os resultados estão à vista, sobretudo para os dependentes, esfomeados, de estatísticas.
Quem tiver um dedo de testa que as "estude" e chegue a conclusões que se esperam claras - se tiver discernimento para tanto.
Malaqueco: esta vida é uma gaita porque qualquer medalha tem sempre duas faces.
Ou seja, uma será mais correcta e a outra tende a ser suja, porca, que, sendo sinistra (sinistra repesenta a esqueda) é, também, diabólica.

(Com pontinho.)
.

2/13/2008 7:22 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

o jornalismo socialista da voz do dono é todo ele de longo-alcâncio

2/13/2008 10:53 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Obrigado Samuel. Não me chateio nada. È um prazer e um dever.

2/13/2008 3:03 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Caro anónimo. Assuma-se.

2/13/2008 3:05 da tarde  
Blogger Samuel de Paiva Pires said...

E por falar em escrever mal, pelo adiantado da hora do meu último comentário peço desculpa pela calinada de escrever chateie como "chatei-e"...isto de viver de noite quando chega às 6 da manhã dá cabo do cérebro!

2/13/2008 3:33 da tarde  
Blogger Ricardo Pinheiro Alves said...

Está desculpado. Todos cometemos erros. Mas nem todos conseguimos admiti-los.

2/13/2008 3:59 da tarde  
Blogger Samuel de Paiva Pires said...

De facto Ricardo. Então o português que está sempre a tentar escapar-se das consequências dos erros que comete, e se possível a imputá-los aos outros. É tão típico no português que basta assistir ao debate quinzenal ou mensal que ocorre neste momento na AR, ou qualquer outro, para verificar esta caracterísitca.

2/13/2008 4:06 da tarde  
Blogger Ricardo Pinheiro Alves said...

Ipso facto!

2/13/2008 4:17 da tarde  

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