sexta-feira, fevereiro 15, 2008

Bush mania



Primeira avaliação de 8 anos de Bush:

Positivo:
- Economia
- No Child Left Behind
- Avanço no processo de paz no Médio Oriente, nomeadamente saída de Israel da Faixa de Gaza
- Saddam desapareceu de cena
- 50 mil milhões de USD para combater a Sida em Àfrica
- Reforço do programa Medicare

Negativo:
- Guantanamo
- Dependência do petróleo e política energética
- Ambiente
- Gestão da guerra no Iraque
- incapacidade de reformar segurança social

7 Comments:

Blogger José Luís Malaquias said...

Ricardo, só podes estar a brincar.
- Economia
Passar de um superavit orçamental para o maior défice da história, deixar criar uma crise imobiliária sem precedente histórico, ter o país à beira de um estado de recessão crónica e a competitividade do país pelas ruas da amargura, apesar de um dólar historicamente baixo. Isso é um êxito económico? O que faria então um fracasso?

- No Child Left Behind
Apesar do amplo apoio bipartidário dessa iniciativa, o consenso é que foi um fracasso total, não tendo produzido nenhuns dos resultados esperados. O programa é especialmente condenado dentro do próprio partido republicano.

- Avanço no processo de paz no Médio Oriente, nomeadamente saída de Israel da Faixa de Gaza.

Essa seria cómica se não fosse trágica. A faixa de gaza é, neste momento, um refúgio seguro das piores correntes do terrorismo palestiniano, a população vive na miséria por causa de um bloqueio israelita que, por sua vez, se motiva nos ataques diários de foguetes contra Israel. A Fatah, que era o parceiro menos mau dentro da OLP foi cilindrada e agora só há interlocutores extremistas com quem não se pode sequer falar. A panela de pressão irá rebentar a qualquer momento.


- Saddam desapareceu de cena

Saddam estava controlado e as sanções e inspecções tinham conseguido 100% de sucesso na eliminação da ameaça. Tirando-se Saddam, não se retirou nenhuma ameaça e morreram centenas de milhares de pessoas.

- 50 mil milhões de USD para combater a Sida em Àfrica

50 mil milhões virtuais, sob a forma de medicamentos fornecidos a preços inflacionados, para evitar que as farmacêuticas norte-americanas fossem esmagadas pelas concorrentes brasileiras e indianas que, violando as patentes, poderiam produzir os mesmos medicamentos por um centésimo do preço e, assim, deixar as legítimas donas das patentes em maus lençóis. Não defendo as acções de brasileiros e indianos mas os motivos norte-americanos estão longe de ser altruístas.

- Reforço do programa Medicare.
Uma gota de água, quando comparado com o seguro de saúde universal para as crianças, que ele vetou, deixando milhões de crianças sem cobertura médica.


Negativo:
- Guantanamo
Mais do que Guantanamo, o cilindrar das convenções de Genebra, que há-de ter como resultado que a guerra se torne uma barbárie ainda pior do que já é.

- Dependência do petróleo e política energética
Não sei se, pelo menos para a família dele e do VP, essa não terá até sido muito positiva. A Exxon Mobil publicou há poucos dias o maior lucro anual de sempre de uma empresa.

- Ambiente
Aquecimento global? Ficção.
Medidas para combater as emissões? Prejudicariam o modo de vida dos EUA.

- Gestão da guerra no Iraque
Palavras para quê...

- incapacidade de reformar segurança social
Incapacidade ou falta de vontade?

2/15/2008 9:52 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Caro Zé Luís,

Sofres do síndrome da Bush mania. Só vês maldade e incompetência. Mas se analisares mais friamente as questões, especialmente se pensares como estavam os EUA e os assuntos abordados em 2000, e o que aconteceu ao longo destes 8 anos, talvez consigas flexibilizar um pouco a tua posição. Tenta que és capaz.

2/15/2008 11:03 da tarde  
Blogger José Luís Malaquias said...

Mas Ricardo, acho que tu é que estás a sofrer de um sério síndroma de negação.
Eu só me limitei a elencar factos que contradizem de forma flagrante a tua avaliação.
De resto, não sou eu a dizê-lo. O consenso entre os historiadores da Casa Branca é que este foi o pior presidente que os EUA já tiveram.

2/16/2008 1:23 da manhã  
Blogger Luis Rainha said...

Fabuloso. Para lá da demolição efectuada logo no primeiro comentário, fica a curiosidade de errada ter sido a gestãoda guerra. Não o seu início com fundamentos falsos.
MAs a da Faixa de Gaza deve ser mesmo a mais cómica!

2/16/2008 11:27 da manhã  
Blogger L. Rodrigues said...

Já agora, a Segurança Social Americana não precisa assim tanto de reforma. Os aumentos das despesas previstos têm que ver sobretudo com o crescimento projectado dos custos da saúde e não, como frequentemente é afirmado, com o envelhecimento da população. Estes custos é sabido que estão muito inflacionados, sendo muito superiores aos praticados em paises com nivel comparável de qualidade.
Além disso, aos custos actuais, a Segurança Social america tem provisões garantidas para os próximos 30 anos, ou coisa parecida. Qualquer projecção de colapso para além disso é ficção económica.

2/16/2008 4:31 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Os historiadores são muito maus avaliadores quando fazem história sobre o momento actual. Não têm distanciamento suficiente para minorarem os efeitos das suas opiniões e convicções ideológicas. Reagan também era um actor de segunda que adormecia nas reuniões e os historiadores também diziam que era o pior presidente. Aqui na Europa só o ridicularizavam com o habitual complexo de inferioridade. Agora mudaram do 8 para o 80 e até Obama o admira.

Não quero com isto dizer que Bush é Reagan, longe de mim tal heresia. Mas eu percebo que é um choque apontar alguns aspectos positivos de quem, ainda antes do início da sua primeira presidência, já servia para os europeus despejarem os seus sentimentos de frustração.

Quanto aos comentários demolidores, o ódio pelo personagem parece impedir a capacidade de se pensar friamente. De tal forma que até os pontos negativos que apontei são criticados como se eu estivesse a apresentá-los enquanto grandes sucessos da Administração Bush.

Comentários demagógicos deste calibre: "50 mil milhões virtuais, sob a forma de medicamentos fornecidos a preços inflacionados, para evitar que as farmacêuticas norte-americanas fossem esmagadas pelas concorrentes brasileiras e indianas que, violando as patentes, poderiam produzir os mesmos medicamentos por um centésimo do preço e, assim, deixar as legítimas donas das patentes em maus lençóis. Não defendo as acções de brasileiros e indianos mas os motivos norte-americanos estão longe de ser altruístas." ou deste "- Reforço do programa Medicare.
Uma gota de água, quando comparado com o seguro de saúde universal para as crianças, que ele vetou, deixando milhões de crianças sem cobertura médica." ou ainda deste "- Gestão da guerra no Iraque
Palavras para quê..." e "incapacidade de reformar segurança social
Incapacidade ou falta de vontade?" dificilmente merecem uma resposta séria.

2/16/2008 10:02 da tarde  
Blogger José Luís Malaquias said...

A mim nunca ninguém me ouviu dizer bem do Reagan, podes estar descansado.
Aliás, acho que uma boa dose dos problemas actuais do mundo se devem à execrável dupla Reagan-Thatcher.
O que Obama disse é que conseguiria uma aliança à esquerda semelhante à que Reagan conseguiu à direita. Isso não é admirar o Reagan, é constatar um facto. Os opositores é que tentaram uma deturpação das palavras dele.

2/17/2008 1:32 da tarde  

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