terça-feira, março 06, 2007

O problema da companhia

Dizia-me um amigo que não se deve perder muito tempo em (ou com) pequenos partidos. Pequenos em função da sua expressão eleitoral, entenda-se. Isto por uma razão simples. Quem quer poder, o poder de fazer, não se pode dar ao luxo de perder tempo. Fiquei a matutar naquilo.

Habituado que estou a frequentar as franjas, as margens de quase tudo, dei comigo a pensar se esta visão estimável, própria de pragmáticos que muito mais falta fazem à nossa paroquial comunidade do que eu, podia ser a minha. E tanto quanto a minha reflexão pôde concluir, não pode. Ainda não pode. E não pode pela circunstância de ver que os partidos de maiores dimensões e mais concretizáveis ambições são povoados por cáfilas de méritos duvidosos e de interesses inconfessáveis.

Bem sei que há quem veja no partido que vai merecendo o meu voto, o CDS, cliques tão ou mais famintas do que as que asfixiam o PSD, por exemplo. Basta olhar para os que se encavalitam no messiânico portismo para lhes dar razão. Mas apesar de tudo, em termos absolutos, no CDS há menos pessoas assim. Apenas porque há menos pessoas. Mas isso, aos meus olhos é, só por si, uma vantagem. Por enquanto.

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Como não encontrei outro sítio para o que pretendo, aqui deixo ficar uma notícia sobre um assunto que, até há pouco, foi escaldante entre nós. Se calhar, ainda é...
(Perdoem-me o Castelhano.)

"Roman Giertych, viceprimer ministro, titular de Educación y líder de la conservadora Liga de las Familias Polacas, ha vuelto a marcar distancias con respecto a la UE al proponer una Carta de los Derechos de las Naciones Europeas que, con la promoción de valores como la identidad nacional y el respeto a la vida y la familia, prohíba taxativamente el aborto y limite "la propaganda homosexual".
A su juicio, el camino por el que se adentra Europa lleva a su extinción. La Comisión Europea califica de "lamentables" las ideas de Giertych y asegura que velará contra cualquier discriminación. Giertych, de 36 años, sorprendió a los ministros de Educación europeos que asistieron el jueves en Alemania a una reunión en la histórica ciudad universitaria de Heidelberg con una intervención típicamente suya que trascendió ayer al hacerse eco la prensa germana y entregarse el discurso en Varsovia, donde el ministro se explicó en conferencia de prensa.
"La propaganda de la homosexualidad está alcanzando cada vez a chicos de menor edad", hizo notar Giertych a los ministros, a quienes instó a liberarse de "la dañina" corrección política. "No hay futuro para este continente si no empleamos todos nuestros medios para favorecer a la familia. Seremos un continente ocupado por representantes del mundo islámico, que sí se interesa por la familia".
"Europa necesita cambios", concluyó. "El aborto debe ser ilegalizado de inmediato. Hay que limitar la propaganda homosexual para que los niños tengan la idea adecuada de lo que es la familia".
Esas ideas inspiran la reforma constitucional que buscan los partidos de la coalición gubernamental encabezada por Jaroslaw Kaczynski, que ambicionan verla como modelo para el resto del continente a través de una Carta de los Derechos de las Naciones Europeas. "Lo que dije es que deberíamos volver al Derecho natural del que nació Europa", explicaba ayer el ministro ya de vuelta a Varsovia. "El Derecho natural incluye el derecho a la vida, el derecho a la identidad nacional y el respeto por la familia como unión de un hombre y una mujer"."

Interessante, não é?

Nuno

3/07/2007 8:17 da manhã  
Blogger João Távora said...

Caro Nuno: Concordo consigo, mas é triste! Abraço

3/07/2007 9:38 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Um tipo foi confessar-se e, depois de ter dito o que havia feito com a namorada, o padre deu-lhe uma penitência monumental.
Espantado, comentou para o confessor:
- Mas fois só nas franjas...
Respondeu-lhe o padre:
- Espera meu filho. Vendo bem, tens a penitência a dobrar!

Nuno

3/08/2007 4:08 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

João Távora,
Só agora li a sua resposta.
Triste? Como?
Parece-me salutar.

Nuno

3/12/2007 6:09 da manhã  

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