quarta-feira, outubro 04, 2006

Detesto esta gaja!


É verdade, confesso. O meu fígado revolta-se contra algumas pessoas... só pelo facto de as ouvir, de colidir, não com aquilo que pensam (que me é indiferente), mas com aquilo que lhes jorra da traqueia. É uma questão de higiene ... intelectual. O mero pensamento, aquele que fica trancado na dureza dos crâneos de cada um, é puro e asséptico. Secreto e precioso. O que se ouve de algumas pessoas, porém, é ruído. Poluição, como se diz.

Um dos alvos da minha ira é esta senhora, que insisto chamar "gaja". Nem todas as fêmeas, por bonitas que possam ter sido (e esta era linda, reconheço), por letradas que mostrem ser (e esta é dona de uma prosa do melhor que os meus olhos têm conhecido), merecem ser Senhoras. E esta, manifestamente, não o é. Sobram razões para este meu juízo.

Narcisa como tenho visto poucas, esta criatura vê - usa próteses ópticas, não esquecer - mediocridade em tudo (ou todos, melhor) o que a rodeia e pensa-se titular de uma inteligência invulgar... única mesmo. Singular não é apenas a sua capacidade intelectual, pensa ela própria de si mesma, é também a sua coragem e o seu temperamento. Desabrido como se quer nos génios, clube restritíssimo de que ela é, no mínimo, camareira mor.

Diz "merda" e "filho da puta" na televisão (ontem disse, pelo menos) para provar que não é apenas emancipada... é a própria emancipação. Acha deprimente o "zé povinho" que meneia servilmente a cabeça junto do seu senhor, para depois se dar à balofa ousadia de fazer manguitos no segredo da cozinha. Lamenta o facto de não haver suficiente liberdade de espírito para que nos possamos, civilizadamente, mandar à merda uns aos outros...

Pois bem, Maria Filomena, por mim, ganhaste. Estou convencido. Vai à merda! E quando lá chegares, não tenhas pressa de voltar.

de adivinha-se a emancipação
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